Hoje você terá acesso a 3 templates de storytelling bastante simples, mas poderosos, para criar histórias envolventes e eficientes que vão mudar a sua forma de escrever histórias para sempre.
Histórias são infalíveis, seja para vender produtos, ensinar ou criar uma conexão mais profunda com sua audiência.
E, apesar de serem a melhor ferramenta de marketing que conheço, nem sempre é fácil transformar sua experiência de vida em uma história não só interessante, mas eficiente para alcançar um dos objetivos que citei acima.
Vamos conhecer os 3 templates de storytelling que selecionei para você?
Conheci esse primeiro modelo de Storytelling através da Masterclass do roteirista Aaron Sorkin, do filme “A Rede Social”, sobre a criação do Facebook.
Ele é formado por 3 etapas:
O personagem principal precisa ter uma intenção bastante clara para motivar suas ações. E essa intenção pode ser tanto micro, quanto macro, como nesse exemplo:
No meio do trajeto, às 20:00, o carro fura um pneu.
O carro não possui estepe e você está no acostamento em uma rodovia deserta, longe da cidade, sem qualquer iluminação na estrada.
Quanto mais obstáculos você precisar superar para alcançar seu resultado, mais consegue prender a atenção de quem lê ou assiste sua história.
Você corre no escuro por 3 km até o posto mais próximo e pede ajuda.
Eles ligam para um guincho, levam seu carro até um borracheiro e você troca o pneu para chegar com segurança antes da meia-noite.
Como deu para perceber, não há nada de extraordinário nessa história. Ela poderia ter acontecido com você ou comigo, certo?
Mas o template de storytelling usado para contar esses fatos é o que faz a grande diferença, transformando algo corriqueiro em uma história interessante.
Vamos ver outro exemplo:
Intenção
Decidi fazer uma loucura. Hoje vou escrever 10 mil palavras em um único dia.
Obstáculos
Porém, logo quando comecei aconteceu algo inesperado…uma obra no vizinho ao lado.
E ainda não tinha um único fone de ouvido para abafar todo esse barulho
Para piorar, a internet caiu, me deixando completamente sem referências.
Resultados
Então, quando estava prestes a desistir, lembrei da história de Ernest Hemingway, que escrevia pelo menos 33 minutos todos os dias, não importava qual a situação ou lugar ele se encontrava.
Resolvi fazer o mesmo e escrevi como se os desafios não estivessem ali.
E foi aí que percebi como escrever as primeiras palavras gera confiança para outras, e outras e outras.
Após 33 minutos, tinha um rascunho de 2.000 palavras pronto na minha frente.
Agora “só” precisava fazer o mesmo processo 4x mais ao longo do dia.
Você acabou de ler uma história que inventei nesse momento usando o template de Storytelling IOR – Itenção – Obstáculo – Resultado.
Agora vamos ao template de storytelling mais conhecido dessa lista: a Jornada do Herói. Porém, de uma forma bem mais enxuta doque a versão que você provavelmente conhece.
Ela já provou sua importância muitas vezes explicando os sucessos de lendas e histórias milenares, como a Odisseia de Homero, Bhagavad Gita e Avatar, o filme de maior bilheteria de todos os tempos.
George Lucas usou a fórmula como um passo-a-passo para a elaboração do universo de Star Wars, uma marca que até agora faturou mais de 20 bilhões de dólares.
O template de storytelling da Jornada do Herói maiscompleto é formado por 12 etapas, começando com o incidente que abala a vida cotidiana do herói, fazendo que ele embarque em uma aventura desconhecida, enfrente obstáculos e volte transformado.
Já o template de storytelling simplificado é formado por 3 atos:
Na primeira parte desse template de storytelling, você põe seu personagem em uma árvore, ou seja, você cria um gancho para chamar atenção do leitor.
Para que esse efeito seja alcançado, um “incidente excitante” deve acontecer para fazer a história começar.
Em Matrix, o incidente excitante acontece quando Trinity chega ao apartamento de Neo e o convida para conhecer a verdade.
Você coloca a árvore em chamas, ou seja, constrói a tensão e coloca o protagonista da história em perigo, para fazer com que o leitor se importe com o personagem.
Você tira seu personagem da árvore, apresentando uma recompensa para o leitor após momentos de tensão.
Bem mais simples do que o template de storytelling completo, como você pode ver abaixo:
Se você quiser se aprofundar na estrutura da Jornada do herói, esses são seus 12 passos:
ATO I–
01) Mundo comum – Consciência limitada de um problema
02) O chamado à aventura – Aumento da consciência
03) Recusa ao chamado – Relutância à mudança
04) Encontro com o mentor – Superação da relutância
ATO II
05) Cruzamento do limiar – Comprometimento com a mudança
06) Testes, aliados e inimigos – Experimentando a primeira mudança
07) Aproximação da caverna profunda – Preparação para uma grande mudança
08) Provação – Tentativa de uma grande mudança
09) Recompensa – Consequências da tentativa (melhorias e retrocessos)
ATO III
10) Estrada de volta – Rededicação à mudança
11) Ressurreição – Última tentativa de uma grande mudança
12) Retorno com Elixir – Domínio final do problema
Temos um infográfico publicado no blog mostrando como cada uma dessas etapas foi aplicada para a criação da trilogia de Batman Begins, que você pode conferir aqui.
E, por fim, temos o template de storytelling que usei para criar um post que alcançou mais de 8 milhões de pessoas.
Esse é o melhor entre os 3 templates de storytelling para contar histórias pessoais de forma a causar alto impacto emocional nos seus leitores.
Para isso, basta seguir essa simples estrutura:
1. Mini-história (ação)
2. Ponto de dificuldade (obstáculos)
3. Como você se sentiu (sentimentos)
4. O que enfrentou (desafios)
5. O que fez para superar (conquistas)
6. Lição da história (resultado)
Para ficar ainda mais claro, vou exemplificar cada etapa usando como modelo o meu próprio post sobre recuperação:
Meu professor de Química disse na frente de todos meus amigos:
“Você vai fracassar no vestibular porque não entende nada de Química”.
Era meu último ano na escola.
Meu último ano antes de prestar vestibular.
E eu estava de recuperação em 3 matérias: biologia, física e, claro, química.
Minhas notas na escola vinham caindo ano após ano.
Eu saí de nerd exemplar inteligente orgulho da família e dos professores ao status de “vagabundo”.
Eu estava inconformado, nos meus 17 anos, com a forma de aprendizado na escola. (Mal sabia o que estava por vir na faculdade).
Tínhamos uma média para passar de ano. Não importava a matéria.
Eu me sentia um ponto fora da curva, que devorava livros sobre finanças e investimentos, mas não conseguia tirar 6 em Química.
Queria estudar os assuntos que me traziam mais interesse, mas a escola era muito boa em lembrar que eu não deveria sair muito da curva, tinha que voltar para média, afinal, eu não passaria de ano se não tirasse 6 nas matérias.
A situação na escola que já não era boa ficou ainda pior em casa.
Quando você escuta dos seus pais que eles “querem ter uma conversa com você”, mesmo você tendo 17 anos, você já sabe o que está por vir… “Por que suas notas estão baixas na escola?”
“Se você não melhorar, você vai ficar de recuperação e não vai passar no vestibular”.
“Na minha época, eu estudei assim, assim, assim”.
Respeitei cada opinião. Mas dentro de mim eu sabia que tinha algo errado com esse sistema de ensino.
Para não decepcionar meus pais, quando tudo parecia perdido, fui lá, estudei e passei de ano com nota 6 cravada em Química.
Para eles, um alívio.
Para mim, quase uma tortura.
Hoje, não me lembro de quase nada que “estudei” de química, de biologia, de física.
Não porque eu odiasse essas matérias.
Mas sim porque somos obrigados a seguir uma grade de disciplinas no mesmo ritmo que outras pessoas.
Porque somos obrigados a seguir um sistema de avaliação que, sinceramente, está mais preocupado em saber as respostas certas do que incentivar perguntas e despertar a curiosidade e criatividade.
“O aprendido é aquilo que fica após o esquecido ter feito a sua parte.” – Rubem Alves.
E eu te pergunto: “você realmente aprendeu uma matéria ou decorou o máximo que podia pra passar naquela prova”?
Na realidade, quem deveria estar de RECUPERAÇÃO é a própria escola e seus métodos de avaliações.
Ser um educador, um professor é muito nobre.
Eles não merecem ser condenados por um sistema que não muda desde o século XIX.
Não é à toa que o desemprego no Brasil continua crescendo.
O modelo industrial de educação não funciona mais.
A era da pós-informação está aí batendo na porta, fazendo com que as máquinas consigam substituir cada vez mais empregos generalistas.
Está na hora de recuperarmos nossa essência por meio da forma que aprendemos. Não decorando.
Está na hora de recuperarmos a valorização do extraordinário. Não o mediano.
Está na hora de recuperarmos os profissionais. Não amadores que fazem “mais do mesmo”.
E você?
Qual é a RECUPERAÇÃO que precisa fazer na sua vida?
Eu fiz uma análise mais detalhada desse post nesse artigo aqui: “Storytelling Online: como uma história simples viralizou nossa postagem”.
Como você deve ter percebido, para contar boas histórias você não precisa de fatos inusitados, personagens fora do comum e muito menos cenas de ação eletrizantes.
Tudo acontece no mundo interno do protagonista, que, em todos esses templates de storytelling, será você. Para tornar suas histórias de vida, que podem parecer ordinárias, em algo extraordinário, tudo que você precisa é de uma boa estrutura para seguir.
E, agora, você tem 3 templates de storytelling prontos para usar, esperando apenas que você os preencha com suas melhores narrativas.
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